sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Mentha


Mentha (espécies)

Hortelãs   -  Labiadas

Na mitologia grega, Minthe era uma  ninfa amada por Plutão, que a transformou nesta “erva” aromática depois de a sua ciumenta mulher tomar medidas drásticas. Desde então, as hortelãs têm sido sempre muito apreciadas, e pode avaliar-se bem o seu alto valor a partir das referências bíblica segundo as quais os Fariseus, recebiam os impostos em hortelã, aneto e cominhos. Os Hebreus espalhavam-na no chão das sinagogas, e esta ideia foi repetida séculos mais tarde, nas igrejas italianas.
A hortelã, enquanto símbolo da hospitalidade, foi mencionada pelo poeta romano Ovídio, ao contar a história de dois camponeses, Baucis e Philemon, que limpavam a mesa com ela antes de servirem os convidados. Em 1597, Gerard foi mais longe: “ Costumam espalha-la nos sítios de recreio, prazer e lazer, onde se fazem as festas e os banquetes”. Os Romanos também usavam hortelã para aromatizar vinhos e molhos. E como as mulheres que  bebiam vinho podiam ser condenadas à morte, as que o faziam em segredo disfarçavam o hálito mastigando uma pasta de hortelã e mel.
Durante o século IX, foram introduzidas na Europa muitas variedades, tantas que houve um monge que, nessa altura, escreveu que antes preferia contar as centelhas da fornalha de Vulcano.



Folha – Ovada, aguda, aromática, verde e rugosa devido às nervuras fundas.

Flor - 



Folha secas – Conservam bem o aroma, indicadas para chás, culinária e fins medicinais.


Caule – Quadrado, verde e ramoso na parte de cima.

Sementes – Castanho-escura,  mais ou menos esférica e pequena.


Utilização

Na decoração – Flor - secar as lígulas para dar mais cor aos pot-pourris.

Na culinária – Flor - usar as lígulas abundantemente para dar uma cor de açafrão e um leve gosto picante (não é o do açafrão) ao arroz, sopas de peixe e de carne, queijo-creme, iogurte, manteiga, omeletas, pratos com leite, bolos e pães doces.

Folha - Salpicar em saladas e guisados.

Na medicina – Flor - Beber em infusão para a digestão; também em infusão, para lavar a boca, contra as doenças das gengivas.

Local – Sombra parcial ou sol.

Propagação – Cortar estacar da raiz ou do caule ou dividir na primavera e no Outono. No verão, mergulhar as estacas de caule em água, para crescerem raízes (Poejo semear na primavera).

Crescimento – Desbastar ou transplantarem intervalos de trinta centímetros em vasos grandes ou sacos  de politeno, para contenção das raízes invasivas. Todos os caules floridos devem ser cortados, para que não se dê uma polinização cruzada entre as variedades. Se aparecer ferrugem, desenterrar a planta e queimá-la imediatamente. Podem ser cultivadas dentro de casa.
Colheita – Apanhar as folhas mesmo antes da floração.
Conservação – Secar, congelar ou mergulhar as folhas em óleo ou vinagre.




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