Ervas aromáticas


Estragão  -  Artemisia dracunculus  ( compostas)

A palavra estragão deriva do francês estragon e latim e do latim dracunculus (dragão pequeno). A relação estragão – dragão deve-se talvez ao seu cheiro intenso e penetrante ou às suas raízes serpentinas.
Acreditava-se que as ervas de dragão curavam as mordeduras de criaturas venenosas, mas hoje o estragão é sobretudo usado na culinária. Contudo também suaviza o hálito, actua como soporífero e, quando mastigado antes de se tomar algum remédio, enfraquece o gosto, segundo Ibnal-Baithar, botânico árabe do século XIII. Existem duas variedades de estragão o francês, com o aroma refinado, indispensável na cozinha clássica francesa mas que precisa de ser protegido no inverno, e o russo, que sobrevive em climas mais frios e mais quentes, mas tem um sabor mais áspero. O estragão francês deve ser divido e replantado de três em três anos. O aroma do estragão russo é tanto mais intenso quanto mais tempo crescer no mesmo sitio.

folha de estragão

Folha - brilhante, comprida, estreita, verde, com glândulas oleíferas na página inferior, que libertam um cheiro amargo, forte e apimentado.



folha de estragão seca
Folha seca – quando postas a secar com muito cuidado, retêm um pouco do seu do seu aroma, mas é frequente surgir um certo cheiro a feno.
flor  de estragão
Flor - podem nascer pequenas flores redondas, branco, esverdeadas; só o estragão russo dá sementes, em climas temperados.

caule de estragão
Caule - estriado, roliço, ramoso e verde-claro, tornando-se castanho e quebradiço perto da base.
Raiz – rizoma castanho-claro, quebradiço, carnudo, que se propaga por meio filiformes.

Duração – resistente a geadas não muito intensas, vivaz.
Altura – sessenta centímetros a um metro.
Na culinária
Folha – usar com moderação para a obtenção de um aroma quente e subtil, que se espalha rapidamente pelos outros ingredientes. Usar nos molhos béarnaise, tártaro e holandês. Adicionar pedaços de folha a recheios de pera-abacate, maionese para pratos de peixe, molhos para saladas, sopas ligeiras, tomates, omeletas e ovos mexidos. Fazer uma manteiga de ervas para legumes, bifes, costeletas e peixe grelhado. Esfregar no frango assado ou misturar com recheios de frango.
Na Medicina
Folha – as folhas de estragão são ricas em iodo, sais minerais e vitaminas A e C. Em infusão, é um digestivo e um tónico geral.

Local  -  exposição abrigada do sol.
Solo – rico, leve e seco.
Propagação – dividir as raízes na primavera. Tirar estacas dos caules no verão. Semear na primavera.
Crescimento – semear ou transplantar com intervalos de trinta-quarenta e cinquenta centímetros. Podar no outono. Proteger no inverno com palha ou mistura semelhante. Dá-se bem dentro de casa.
Colheita – apanhar as folhas em qualquer altura, mas fazer a colheita principal no fim do verão. Ao cortar os ramos, partir um máximo de dois terços do caule,para que este volte a crescer, a não ser que se esteja no fim da época do crescimento.
Conservação – congelar ou secar as folhas. Mergulhá-las em azeite ou vinagre.


                                                                                                   






Arruda   Ruta Graveolens    (Rutáceas)

Tanto Leonardo da Vinci como Miguel Ângelo afirmaram que a sua capacidade criativa tinha aumentado graças aos poderes metafísicos da arruda. Costumavam usar-se ramos de arruda para aspergir as pessoas com água benta, antes das missas solenes. Além disso, espalhava-se esta planta por vários locais, pois acreditava-se que combatia a peste. Os ladrões que roubavam as vítimas da peste protegiam-se com “vinagre dos quatro gatunos”, do qual a arruda era um dos ingredientes. Aparece representada na heráldica da Ordem do Cardo, e foi ela que inspirou o desenho do naipe de paus das cartas de jogar.



Folha: Muito recortada com segmentos oblongos, pequenos e verde-azulados, salpicada de glândulas oleosas.


Folhas secas: Contém um poderoso inseticida; esmagar e salpicar para repelir insectos.


Flor: Pétalas amarelo-esverdeadas, espatuladas e fimbriadas, que desabrocham no fim do verão.


Semente: Preta e em forma de crescente, era usada na cozinha romana do século I d. C.


Caule: Cilíndrico e verde azulado pálido, torna-se lenhoso no segundo ano; a sua seiva pode provocar erupções cutâneas.



Raiz: De cor creme, ramosa e fibrosa; pensava-se que se assemelhava à rede de veias do olho do homem.
 

Duração: Subarbusto rústico e sempre verde.
Altura: Sessenta centímetros

Utilização
Na decoração: Planta inteira - Semear para fazer sebes baixas nos canteiros.
Na culinária: Semente – Pôr a marinar a perdiz numa infusão de levístico e hortelã. Folha- é amarga, mas, em pequenas quantidades, dá um invulgar sabor almiscarado ao queijo- creme e aos pratos de ovos e de peixe. Misturada com ameixas e vinho, é um molho delicioso para a carne.
Na cosmética: Folha em infusão para, para lavar os olhos cansados.

Plantação

Local: Exposição ao sol. Também tolera a sombra. Pouco densa.
Solo: Bem arejado e alcalino; pobre para moderar a fertilidade das plantas rústicas.
Propagação: Dividir na Primavera. Cortar estacas de caule no fim do verão. Semear na primavera; de germinação lenta.
Crescimento: Desbastar ou transplantar a intervalos de quarente e cinco centímetros. Podar no fim da Primavera. Proteger em caso de invernos rigorosos. Pode ser cultivada dentro de casa, em local exposto ao sol.
Colheita: Colher as folhas novas mesmo antes de as flores começarem a desabrochar. Apanhar as sementes.
Conservação: Secar folhas e as sementes






Sardinheiras / malvas – de – cheiro  Pelargonium ( espécies de)

As sardinheiras são quase todas oriundas do cabo da boa esperança, em África, e, embora tivessem sido introduzidas na Grã-Bretanha em 1632, foi preciso esperar até 1847 para a indústria francesa de perfumaria reconhecer o seu potencial aromático.
Da folha do P.graveolens, que cheira a rosa, os franceses destilaram um óleo muito usado na cosmética e de grande importância na aromaterapia.
No entanto, como é fácil de adulterar, é melhor comprá-lo numa loja que dê garantias de qualidade. No inverno, as vitorianas punham os vasos de sardinheiras dentro de casa de maneira a que as suas saias compridas roçassem pelas plantas, para que estas perfumassem o aposento onde se encontravam. No verão, transportavam-nos para fora para fora de casa e colocavam-nos ao longo dos caminhos, com o mesmo fim.

folhas de sardinheira (Pelargonium,espécie)

Folhas : com aroma de rosas, pubescente, verde e com cinco a sete lobos cerrados.
Folhas secas: conservam bem o aroma, assim como as folhas que morrem na planta.
flor de sardinheira

flor de sardinheira
Flor: os botões aromáticos, cor-de-rosa ou brancos desabrocham desde o verão até ao outono.

Fruto: cinco cocas, com uma pequena semente preta, ligadas por um espigão em bico de cegonha.
caule

Caule: pubescente, cilíndrico e verde, vai-se tornando lenhoso.
Duração: plantas perenes, suculentas a lenhosas.
Altura: trinta centímetros a um metro.

Utilização: na culinária
adicionar  petalasàs saladas
Flor: misturar nas saladas.
Folha: cortar finamente ou fazer uma infusão, depois retirar as folhas e usar para aromatizar molhos, cremes de leite e ovos, geleias, pãezinhos, sorvetes, manteigas, compotas, açúcar, xaropes e vinagres. Fazer uma infusão (chá) ou pôr nos copos de vinho. (Com aroma de pinheiro e noz-moscada) Cozer na sopa de agriões.


Para aromatizar: usar nos potpourris e nos saquinhos de cheiro.

Plantação:
Local: exposição bem ventilada ao sol.
Solo: terra bem arejada para vasos.
Propagação: semear no princípio da primavera. Cortar estacas das extremidades na primavera ou no fim do verão. Enterrá-las em terra para vasos, para criarem raízes, distribuindo uma estaca por cada vaso de sete centímetros e meio.
Crescimento: cultiva-las em vasos, para que possam transportar-se para dentro de casa no inverno. Desbastar ou transplantar para vasos individuais. Cortar as extremidades com os dedos, quando as plantas atingirem quinze centímetros.
Cortar um terço da planta antes de a transportar para dentro de casa.
Colheita: apanhar as folhas mesmo antes de as flores abrirem.
Conservação: secar as folhas.





Erva- Cidreira / Melissa Offinalis  (labiadas)

Acreditava-se que a erva cidreira era capaz de rejuvenescer as pessoas.Em 1696, afirmava-se no London Dispensary: " Se for tomada todas as manhãs, a erva cidreira rejuvenesce, fortalece o celebro e desperta as naturezas apáticas".
No século XIII, Llewelyn, príncipe de Glamorgan, bebia regularmente chá de erva-cidreira, e viveu até aos cento e oito anos, e john Hussey, de Sydenham, viveu até ao s cento e dezasseis, tendo passado cinquenta anos a tomar a mesma infusão com mel ao pequeno-almoço.    O seu poder de dissipar a melancolia sempre foi muito louvado nos escritos sobre "ervas", e a erva-cidreira ainda hoje é usada na aromaterapia para combater a depressão.       
                                                        Erva cidreira benefícios
Folha: Com cheiro a limão, um tanto vilosa, com nervuras sulcadas,serradas, ovada e verde clara; as folhas tornam-se amarelas e de cheiro desagradável se estiverem  à luz directa do sol, em terreno seco. 


Flor: Flores pequenas bilabiadas, amarelo claro, amarelo-claras, em fasciculos; ao secar passam a brancas e depois a azul claro; desabrocham do Verão ao Outono.


Folhas secas:Secar a erva cidreira reduz-lhe o aroma e as propriedades medicinais.
FolhasMelissa officinalis Aurea: com aroma de limão, manchadas de dourado; cultivar à luz indirecta do sol, pois a directa queima as folhas  e origina manchas mais claras. Altura 30cm.


Caule: Pubescente,quadrado, ramoso e verde claro, de vez em quando com manchas purpúreas.

Semente: Castanho-escura, brilhante, com uma ponta branca, em forma de lágrima e com um milímetro de comprimento.

Duração : Planta herbácea, vivaz e rústica.
Altura: Pode atingir até um metro.

Utilização
Na decoração: Folhas usar em ramos de Flores.

Na culinária: Folha Cortar finamente folhas frescas,  e misturá-las com as saladas, molhos brancos para peixes, maioneses, arenques em conserva, aves e carne de porco. Adicionar a saladas de fruta, compotas, e cremes de leite e ovos, bebidas de fruta e copos de vinho.
Com folhas frescas, fazer um chá ou pô-las a flutuar no chá indiano. Adicioná-las ao estragão ou a outros vinagres.

Em casa: Folha Misturar a seiva com liquido para a limpeza  dos móveis.  Em tempos, espalhava-se por toda a casa.

Para aromatizar: Folha usar em potpourris e saquinhos de cheiro.

Na Medicina: Folha em infusão (chá), alivia o catarro provocado pela bronquite crónica, as constipações febris e as dores cabeça.

Plantação
Local: exposição ao sol com sombra ao meio dia.

Solo: Cresce em qualquer solo humido.
Propagação: Semear na Primavera. A sua germinação é lenta. Dividir a planta ou cortar estacas de caule na Primavera ou Outono.

Crescimento: Desbastar ou ou transplantar de sessenta em sessenta 
centímetros. As plantas pequenas podem cultivar-se em vasos dentro de casa.

Colheita: Apanhar as folhas em qualquer altura, mas com cuidado para não ferir a planta. O seu aroma é melhor  quando as flores começam a desabrochar.

Conservação:  Secar as folhas. Mergulhe as folhas frescas em vinagre.
                    









Alecrim   -   labiadas


Romarinus officinalis


O alecrim, ou orvalho do mar, ocupa um lugar muito especial no coração dos que o consideram a essência do jardim de “ervas” estival. É usado por cozinheiros e boticários desde os tempos mais remotos. Com fama de reforçar a memória, cedo se tornou o emblema da fidelidade dos amantes.

Outrora, queimava-se alecrim resinoso nos quartos dos doentes, para purificar o ar, e espalhavam-se os seus ramos nos tribunais, a fim de afastar a “febre  das cadeias” (tifo).Durante a peste, era transportado em bolsinhas à volta do pescoço, que se cheiravam quando se viajava por zonas suspeitas. Nalgumas aldeias mediterrâneas, põe-se a roupa branca a secar em cima de alecrim para que o sol liberte o seu aroma, que repele as traças. Também é uma boa planta para vedações de jardim.

Além do alecrim comum, existem muitas variedades, incluindo uma nova e vigorosa, erecta, chamada Sawyer’s selection, com grandes flores malva azuladas, que pode atingir dois metros e meio em três anos. Há também uma variedade de extremidades douradas, e os textos antigos mencionam uma outra prateada. 


 Folha – resinosa, coriácea, linear e verde-escura.


Folhas secas – conservam bem o aroma e podem guardar-se.



Caule – quadrado e torna-se lenhoso no segundo ano.

Caule seco – retiradas as folhas os caules do alecrim podem ser queimados numa fogueira ou num churrasco, libertando um excelente aroma.  

Sementes – castanho amarelado, oleosa e pequena.

Duração – arbusto rustico e persistente.

Altura – um e dois metros. Há agora uma nova variedade que pode ir até dois metros e meio. 

Utilização


Na culinária – Flor – Misturar, fresco, na salada . cristalizar ,para guarnição. Esmagar com açúcar, misturar com natas e juntar aos purés de fruta.

Folha – Adicionar moderadamente a vários pratos de carne, especialmente no borrego e no porco. Usar para aromatizar batatas assadas, e fazer manteiga de ervas para os legumes.



Em casa – ramo – colocados dentro de um  aposento, os ramos frescos arrefecem o ar.

Na cosmética – no banho – estimula a circulação.

Para aromatizar - Folha – usar em pot-pourri.


Caule - espalhar caules de alecrim nos churrasco, para afastar os insectos.

Na medicina – estimula a circulação, e ao aumentar o fluxo sanguíneo nos sítios onde é aplicada, alivia a dor. Ajuda a fazer a digestão das gorduras.

     
Local – Exposição ao sol. Proteger dos ventos e dos frios. Nos jardins frios ou expostos, cultivar num vaso grande; no verão, enterra-lo no exterior, mas, no inverno, pô-lo numa estufa ou dentro de casa, em local onde bata o sol.

Solo – muito bem arejado. Em solo calcário, o alecrim é mais pequeno, mas, ao mesmo tempo, mais perfumado. Para que tenha mais cálcio, pôr-lhe cascas de ovos ou cinzas de madeira.

Propagação – Semear sob condições aquecidas, na primavera, ou no exterior, no verão. A germinação é irregular; necessita, no mínimo de vinte graus. É melhor propagar por estacas ou mergulhia.

Crescimento – Quando os rebentos forem suficientemente grandes, transplantar com intervalos de sessenta a noventa centímetros. Pode ser cultivado em vasos, dentro de casa.

Colheita – apanhar em pequenas quantidades durante todo o ano. Fazer a colheita principal das folhas antes da floração.

Conservação – secar os galhos e os ramos. Tirar as folhas antes de guardar. Esmagá-las mesmo antes de usar. Esmagá-las mesmo antes de usar, para não perderem o aroma.

             
           

                         



Salva  -  Salvia Officinalis
Salva Labiadas

A salsa sempre foi tida em alta estima nos vários períodos da história e em muitos continentes, devido aos seus poderes de longevidade. “ Quem tem salva no seu jardim nunca envelhece”, diz um antigo proverbio, muito usado na china, na Pérsia e em várias regiões da Europa. No século XVII, os Chineses apreciavam-na tanto que trocavam com mercadores holandeses uma única das suas folhas por três arcas de chá. O nome salvia, derivado da palavra latina salvere, que significa estar de boa saúde, curar, salvar, reflecte a sua boa reputação.
Para os Romanos, era uma erva sagrada, cuja colheita se rodeava, de cerimoniais. A pessoa escolhida para a apanhar fazia sacrifícios de vinha são aso e pão, envergava uma túnica branca e ia colhê-la de pés descalços. Nas suas instruções, os Romanos desaconselhavam o uso de ferramentas de ferro, o que é perfeitamente lógico, visto que os sais de ferro são incompatíveis com a salva.
Esta planta, com poderosas propriedades curativas, também é uma óptima “erva” culinária, que, muitas vezes, é melhor não misturar com outras. Como escreveu um cozinheiro-chefe: “Na grandiosa ópera da culinária, a salva representa a prima donna caprichosa, que se ofende por tudo e por nada. Gosta de ter o palco quase todo por sua conta” No entanto, ajuda muito a fazer a digestão de comidas com gorduras.





Flor – Geralmente de cor malva azulada. As formas de flor cor de rosa e branca são menos vulgares.




Folhas - Inseridas aos pares, verdes acinzentadas, muitas vezes manchadas de amarelo se forem mais velhas, espessas e tomentosas, com nervuras pronunciadas na página inferior.




Folhas secas – muito aromáticas, de cheiro intenso e penetrante.


Caule – Quadrado – verde, tomentoso, torna-se lenhoso a partir de segundo ano.

Sementes – Castanho-escuro, ovada e muito pequena, ao aquénios formam-se na base da flor

Duração – arbusto rústico e sempre-verde.
Altura – trinta a setenta e cinco centímetros.                     


Na decoração –

Folha- Fica muito bonita em coroas e bouquets.

Na culinária

Flor – Misturar nas saladas. Em infusão é um chá leve e balsâmico.

Folha – Para recheios de aves, misturar uma cebola. Cozinhar com carnes gordurosas: porco, pato e salsichas. Combinar com outros sabores intensos: enrolar em volta do fígado e saltear na manteiga: misturar nos queijos. Fazer vinagre de salva e manteiga de salva.

Em casa

Folha – Pôr folhas secas entre a roupa branca, para afastar os insectos.

Na medicina

Folha – ajuda a fazer a digestão e é anti-séptica, fungicida e contém estrogénio. Ajuda a combater a diarreia. Depois das refeições, a infusão de folhas de salva ajuda a fazer as digestões.
Nota: A salva não deve ser tomada em grandes quantidades por períodos muito longos.

Plantaçao

Local – Exposição ao sol

Solo – Leve, seco, alcalino e bem arejado.

Propagação – Semear a salva vulgar. Todas as variedades pegam por estaca; a época de enraizamento é em julho.

Crescimento – Podar depois da floração. Substituir as plantas lenhosas passados quatro ou cinco anos. Plantar com intervalos de quarenta e cinco/ sessenta centímetros. Podar frequentemente, para se mantenha ramosa. Quando as folhas amarelecem, é sinal de que as raízes talvez precisem de mais espaço. A lagarta verde come as suas folhas; tirá-las à mão ou podar e queimar as folhas.

Colheita – Apanhar as folha mesmo antes de as flores desabrocharem.

Conservação – Secar lentamente as folhas.





                                                                    



Salsa Petroselinum crispum
(Umbeliferas)

Muito estimada pelos os Gregos, a salsa era utilizada para coroar os vencedores dos jogos Ístmicos e para decorar túmulos, visto que estava associada a Arquemorus, o arauto da morte. Os Gregos também plantavam a salsa e a arruda em volta dos canteiros, mas embora a usassem, na medicina, e, segundo Homero, os guerreiros dessem salsa a comer aos cavalos, parece que os Romanos foram os primeiros a utilizá-la na cozinha.
Consumiam-na em quantidade e faziam grinaldas para os convivas dos banquetes, a fim de afastar a intoxicação e combater os odores fortes.
Existem muitas variedades excelentes de salsa, incluindo a Petroselinum crispum tuberosum,que tem folhas planas e uma raiz grande, comestível e muito aromática. Todas as salsas são ricas em vitaminas, minerais e clorofila, o que as torna uma erva de guarnição tão benéfica como atraente.


Folha – Muito recortada crespa, com margem serrada e verde viva, com um gosto agradável e fresco, rica em vitamina A, B e C, sais de ferro, cálcio, magnésio e clorofila.
Folhas secas – Conservam a maior parte do aroma quando secas rapidamente, usar na culinária e cozer com o caule.
Sementes - Pequena cinzento acastanhado e falciforme com estrias creme, contêm apiolo que pode ser tóxico. 

Caule – Sólido, estriado semicircular, ramoso e verde; é mais aromático do que as folhas.


Raiz – Aprumada, delgada, amarelo-acastanhado e lisa, com pequenas raízes filamentosas, é na raiz que o cheiro a salsa é mais intenso. 

Duração – Planta Bienal e rústica.
Altura – Quarenta centímetros.
                  


Utilização

Na culinária – Folha misturar crua nas saladas. Cortar finamente e salpicar por cima de sanduiches, pratos com ovos, sopas de hortaliças, peixe e batatas cozidas. Misturar com a maionese e com a maioria dos molhos clássicos.


Quando, cozinha a salsa realça outros aromasmas só deve acrescentar-se quase no fim do tempo de cozedura. Utilizar como guarnição.

Raiz – Usar como guarnição. Juntar a sopas e guisados. Coser como se fosse a raiz de uma hortaliça. Ralar crua e misturar nas saladas.

Na Cosmética – Folha em infusão, é um tónico e um amaciador para o cabelo.

Na Medicina – Mastigar crua para refrescar o hálito e contribuir para uma pele saudável.

Plantação 
Loca – Ao sol ou sombra pouco densa.

Solo – Rico, húmido e cavado fundo.

Propagação – Semear da Primavera ao fim do verão. Para uma germinação  rápida, demolhar as sementes de um dia para o outro em água quente, despejar água a ferver nos sulcos, antes de semear, ou cultivar num tabuleiro, a vinte graus. Brota espontaneamente.

Crescimento – Desbastar ou transplantar com intervalos de vinte e três centímetros. Proteger do tempo frio. Dá-se bem dentro de casa.

Colheita – Colher as folha durante o primeiro ano e as sementes quando estiverem maduras. Desenterrar as raízes no Outono do segundo ano.
Conservação – Secar ou congelar as folhas e as raízes.
                




Anis/Erva-doce Pimpinella anisum
(Umbelíferas)
Há séculos que se conhece esta graciosa planta anual. Por volta de 1500 a.C., os Egípcios cultivavam-na em quantidades, para das suas folhas e “sementes” tirarem alimento, bebidas e remédios. Os campos da Toscânia com erva doce pelos romanos, que faziam os Mustaceus, um bolo especial, condimentado, que era um dos pratos finais dos banquetes. Era cozido com erva doce, cominhos e outras “ervas” digestivas, e pensa-se que foi o precursor da tradição dos bolos de noivado condimentados. O edital de Carlos Magno, no séculos IX, que determinava que todas asa “ervas” , que cresciam no   Mosteiro de St.Gall espalhou fossem plantadas em todas as propriedades reais, espalhou o anis pela Europa. Em Inglaterra, tornou-se tão valioso que se pagavam impostos sobre a sua importação.


Flor – As flores pequenas, em forma de estrela, desabrocham em umbélulas no fim do verão.



Folha – Folhas inferiores aromáticas, serradas, arredondadas e verdes, folhas superiores finamente divididas.

Caule – Estriado, cilíndrico, ramoso e  verde.


Sementes – Aromática, cinzenta acastanhada clara, estriada, alongada, ovada; para amadurecer completamente precisa de um verão com muito sol.

Duração - Planta anual e semi rústica nos climas nórdicos.
Altura – Trinta a noventa centímetros; erecta ou prostrada.

Utilização
Na culinária
– “Semente” Usar inteira ou esmagada em pães, bolos, tortas e molhos de maçã, cremes e pasteis. Juntar ao queijo creme, conservas, creme de leite e ovos e água para cozer maricos.

-“Flor” Misturar nas saladas de fruta.

-“Folha” Adicionar a saladas de fruta com figos, tâmaras e castanhas. Utilizar para guarnição.

-“Caule e raiz” Misturar em sopas e guisados.

Para aromatizar
-“Semente” Usar esmagada nos potpourris.

Na Medicina
-“Semente” Em infusão (Chá) é um anti-séptico reconfortante para constipações e tosse.
Plantação
Local – Exposição abrigada ao sol.
Solo – Bem arejado e alcalino.
Propagação – Semear em local definitivo no fim da primavera. A “semente” deixa de ser viável ao fim do segundo ano.
Crescimento – Desbastar de modo a que as plantas fiquem vinte centímetros afastadas umas das outras; não transplantar e limpar bem das ervas daninhas. Pode ser cultivado dentro de casa.

Colheita – Apanhar as folhas mais baixas sempre que necessário. Colher as flores quando abrirem. Apanhar as “sementes” cortando a planta ao nível do solo, quando o fruto começar a ficar verde acinzentado nas extremidades. Colher os caules e desenterrar as raízes no Outono.
Conservação – Secar a semente suspendendo a planta até amadurecer.






Alfazema  
Lavandula Angustifolia (labiadas)

A tranquilidade e a pureza são inerentes à fragância única da alfazema, e é isto mesmo que se reflecte bem Izaak Walton, autor, do século XVII, de livros sobre pesca, que nos diz; “como gostaria de estar numa casa onde os lenções cheirassem a alfazema”. O seu perfuma fresco e limpo era o aditivo de banho preferido pelos Gregos e Romanos, e o seu nome deriva do latino lavar (lavar).

“Erva” muito popularizada, tanto por repelir os insectos como pela duradoura fragância, a alfazema também era usada para disfarçar os cheiros de casas e ruas fedorentas. Contava-se que a peste não chegava a  casa fabricantes de luvas de Grasse, que a usavam para perfumar o couro, e estas histórias levavam outras pessoas a andarem com alfazema .

 Há muito que é utilizada na medicina. O Herbanário Gerard, por exemplo, aconselhava os que tinham “uma leve enxaqueca ou o cérebro enevoado” a banharem as têmporas com alfazema. Um tal Sir James Smith descreveu também uma tintura alcoólica criada “para os que queriam permitir-se um copinho a pretexto de terem de tomar um remédio”.
As sua propriedades curativas são hoje obtidas sobretudo a partir do óleo essencial, contido nas glândulas oleosas e brilhantes implantadas entre os minúsculos pelos, em forma de estrela, que cobrem as flores e os caules. O óleo de melhor qualidade é extraído da Lavandula angustifólia e da Lavandula stoechas.


Folha: Estreita, perfumada e verde-acinzentada, com dois / cinco centímetros de comprimento.


Flores: Pequenas intensamente perfumadas, azuis, desabrocham no verão em espiga de cinco/quinze centímetros de comprimento.

Flores secas: Libertam um suave e duradouro cheiro a limpo.
Sementes: Quatro fruticulos lisos castanho-escuros, em cada fruto.

Caule: Quadrado e verde, torna-se lenhoso no segundo ano.

Duração: Subarbusto rústico e sempre verde.
Altura: Quarenta e cinco centímetros a um metro.

Utilização
Na decoração: Flor Pendurar ramos de flores secas sozinhas ou misturadas com outras flores pequenas. Misturar em coroas e ramos.

Na culinária: Flor Usar para aromatizar compotas. Cristalizar as flores para decoração.

Em casa: Flor Pôr flores secas em saquinhos para aromatizarem as gavetas.

Na cosmética: Flor Fazer água tónica para acelerar  a substituição das células nas peles sensíveis e delicadas, e utilizar como antisséptico contra o acne.

Para aromatizar: Flor Usar em potpourris, almofadas de cheiro e saquinhos para meter entre a roupa branca.

Na medicina: Flor Em infusão (chá), alivia as dores de cabeça e acalma os nervos.


Plantação

Local: Exposição aberta ao sol, para se evitarem doenças provocadas por fungos.
Tipos de solo: arenoso, argiloso, humífero

Solo: Bem arejado, arenoso e com cálcio.

Propagação: Cortar estacas de caule de dez/vinte centímetros no outono ou na Primavera, dividir a planta ou propaga-la por mergulhia. (Só a Lavandula angustifólia). Semear com sementes no fim do verão e no outono.

Crescimento: Desbastar ou transplantar com intervalo de 45/60cm. Retirar caules floridos murchos; podar as sebes e as plantas irregulares na Primavera. Aparar bem logo que aas flores começarem a perder a cor.

Colheita: Colher os caules floridos logo que as flores desbrochem. Apanhar as folhas em qualquer altura.

Conservação: Secar os caules floridos pousando-os em tabuleiros abertos ou pendurados em ramos pequenos.







Manjericão –grande    Ocimum Basilicum  (Labiadas)

Esta importante “erva” culinária, com o seu aroma quente e picante, transforma qualquer cozinheiro num poeta. Oriundo da India, o manjericão-grande é venerado como planta imbuída de essência divina e, portanto os indianos escolheram-no para sobre ele fazerem os seus juramentos em tribunal. Encontrou-se manjericão-grande em volta do túmulo de Cristo, depois de ressurreição, e é por isso que algumas igrejas ortodoxas gregas o usam para preparar a água benta e têm vasos debaixo dos altares.
Existem muitas variedades incluindo um arbusto oriundo da América do Sul. No Haiti, aompanha a deusa pagã do amor, Erzulie, como uma poderosa protecção, e as camponesas mexicanas trazem-no muitas vezes no bolso para atraírem o olhar de alguém eventual apaixonado.


Folha: grande, serrada, ovalada e verde clara, com cheiro forte e ardente mas fresco, a trevo.



Flor: Os fascículos circulares de seis flores pequenas, aromáticas e esbranquiçadas desabrocham no fim do verão.
Folhas secas: Pulverizar para se libertar o aroma de trevo, e usar em potpourris e contas de cheiro.
 


Caule: Pubercente, finamente estriado, quadrado, ramoso, verde-claro, a avermelhado na base.

Sementes: castanho-escura, facetada, em forma de lágrima com um milímetro de comprimento.

Duração: Planta suculenta anual.
Altura: Quarenta e cinco centímetros.

Utilização

Folha Triturar com óleo ou fazer em pedaços  com os dedos, em vez de cortar. Adicionar no último minuto a pratos cozinhados. Salpicar por cima das saladas e de tomates em rodelas. O seu aroma intenso e penetrante completa o do alho. Usa-se no molho Pesto e em muitos pratos mediterrâneos, e para aromatizar vinagres com vários sabores.

Em casa Planta inteira Pôr em vasos nas janelas para afastar as moscas.

Na medicina Folha mergulhar as folhas em vinho durante algumas horas, para se obter um tónico. Em infusão (chá), ajuda a fazer a digestão. É muito usado em aromaterapia.

Local: Sol quente. Proteger do vento, da geada e do sol muito quente do meio dia.

Solo: Bem arejado e húmido.

Propagação: Semear em local aquecido. Depois de ter passado o perigo das geadas, semear em vasos ou no exterior, em local definitivo.

Crescimento: Evitar regar de mais os rebentos, poi podem murchar. Desbastar de modo a que as plantas fiquem vinte centrímetros afastadas umas das outras; evitar transplantá-las.
Regar sempre a meio do dia, e não à tardinha.Se o tempo estiver quente, borrifar as folhas. O Manjericão-grande é uma excelente planta de interior.

Colheita: Apanhar as folhas ainda novas. Colher as extremidades quando as flores começam a desabrochar.

Conservação: Congelar as folhas (primeiro, pincelar as duas páginas com azeite) ou secá-las. Guardar as folhas inteiras em azeite ou empilhá-las a seco, com sal. Mergulhar as folhas em óleo ou em vinagre.







Funcho  (umbeliferas)

O funcho é uma das "ervas" cultivadas mais antigas, e era muito apreciado pelos romanos. "Por isso, os gladiadores ferozes e rudes misturavam-no na sua ração diária, e aqueles que eram vencidos levavam uma coroa de funcho" (Henry Wadsworth Longfellow). Quando participavam em muitos banquetes, os guerreiros romanos comiam funcho para se manterem de boa saúde enquanto as damas  o ingeriam para combater a obesidade. Toda a planta, da semente à raiz, é comestível. Era uma das nove "ervas" sagradas para os anglo-saxões, devido aos seus poderes contra o mal. Além disso, tem propriedades curativas. Em 812 d.C., Carlos Magno declarou que o funcho era essencial em qualquer jardim imperial.




Folha aromática, plumosa com lacinias filiformes verde limpa, passando a verde-lima, passando a verde-escura no Outono.


Flor Umbélulas pequenas, aromáticas, achatadas e amarelas, que desabrocham a meio do verão.


Caule cilindrico, de um tom azul-esverdeado-escuro, brilhante; quando novo é carnudo, e depois vai ficando oco.





Semente curva e estriada aromática, estreira e castanho-esverdeado.

Utilização

Na culinária:

"semente" usar em molhos, pratos de peixe e pão; misturar os rebentos em saladas de inverno.

 "Folha" cortar e pôr nas saladas e nas hortaliças cozinhadas. Adicionar a sopas e recheios de peixes oleosos.

  "Caule" adicionar os caules novos às saladas.

 "Base engrossada" (Funcho doce) Cortar ou ralar crua e misturar nas sanduíche ou nas saladas. Cozinhar como se fosse a raiz de uma hortaliça.

Na cosmética

"Semente":  Mastigar para suavizar o hálito.

"semente  e folha": Usar em vapores faciais e banhos para uma limpeza profunda.

Plantação

Local: Exposição total ao sol para que a semente amadureça.

Solo: Argiloso  e bem arejado, Devem evitar-se os solos barrentos.

Propagação: Semear do fim da Primavera ao principio do verão. (Quando bem estabelecido, volta a germinar espontaneamente). Dividir as plantas no Outono.

Crescimento :Desbastar ou transplantar de cinquenta em cinquenta centímetros. Não plantar perto do aneto, pois dá-se uma polinização cruzada, nem dos coentros, que lhe reduzem a produção de sementes. Para melhor de folhas, retirar os frutos, senão forem precisos. Não é uma planta de interior.

Conservação: congelar as folhas ou pô-las em infusão em oleo ou vinagre. 
Secar as sementes.

Duração: Herbácea, perene e rústica.
Altura: Dois metros e meio.







Valeriana (Valeriana officinalis)

Há muito que esta antiga erva"erva" medicinal,cujo nome deriva da palavra latina valere, "estar de saúde",é apreciada.Os herbanários nórdicos, persas e chineses usavam a sua raiz, enquanto a afim V. sylvatica foi encontrada no saco-medicina dos guerreiros índios canadianos para  ser usada como anti-séptico nas feridas. A raiz fresca cheira a couro velho,mas, quando seca, assemelha-se  mais a suor bafiento. O seu nome. O seu nome antigo, V.phu, está, talvez, na origem da expressão que usamos perante algum cheiro indesejável. Durante as duas guerras mundiais, a valeriana foi usada no tratamento do choque provocado pelas granadas e da tensão nervosa.


Flor: As minúsculas flores lilás-rosado de cheiro peculiar, estão dispostas em cimeiras corimbosas e desabrocham em meados do verão.


Caule: Cilíndrico e verde, com sulcos que o distinguem do das outras valerianas.

FolhasCom segmentos lanceoladas serrados e verde escuro com um cheiro penetrante, como o do rabão-rústico.



SementesCastanho claro, achatada, em forma de lágrima.





RaizRizoma curto, com raízes claras, fibrosas, e rebentos a partir do segundo ano, cheiro desagradável.




Utilização:

Na decoração;Planta inteira cultivar em canteiros.

Na culináriaraiz, adicionar a sopas recheios e guisados

Na horta; ajuda ao crescimento dos vegetais circundantes, estimulando o fosforo e      a actividade das minhocas. Misturar as folhas ricas em minerais ao húmus. A raiz atrai os gatos, os vermes e as minhocas.Usar em ratoeiras.

Na cosmética; Raiz fazer uma de coação e usar para lavagens faciais, banhos calmantes e loções para combater o acne ou as erupções cutâneas.


Plantação

Local exposição; ao sol ou sombra pouco densa.Prefere ter raízes frescas e a folhagem quente.
Solo; rico em argila e humido.
Propagação; semear na Primavera , comprimindo a semente para dentro do solo, mas não tapar, para que germine. Dividir as raízes na primavera ou outono.
Crescimento; Desbastar ou transplantar com intervalos de sessenta centimetros. Pode ser cultivado dentro de casa. Colheita desenterrar toda a raiz.





Coentros (Coriandrum sativum)

Cultivados como "erva" medicinal e culinária há, pelo menos, três mil anos, os coentros são mencionados em textos sânscritos, em papiros egípcios, em As mil e uma noites e na Biblia, onde o maná é comparado com as sua sementes.
Foram trazidos para a Europa pelo Romanos,que, para conservar a carne, a esfregavam com uma mistura de coentros, cominhos e vinagre. Os chineses chegaram a acreditar que conferiam a imortalidade, e na Idade Média faziam parte dos elixires do amor,como sendo afrodisíacos. 
Todas as suas partes têm um aroma forte e penetrante; as suas folhas são tão apreciadas por uma tribo peruana que, quando transpiram, os seus membros até cheiram a coentros. O aroma da semente ligeiramente narcótica, muda bastante no fim da maturação. transformando-se num cheiro adocicado e picante.


Folha  Basilar
De segmentos dentados e largos, com o aroma estranho das folhas caulinares, mas com o sabor de uma aromática.



Folha caulinar 
Muito recortada em lacinias lineares e verde, com um aroma intenso e penetrante.


Flor
Umbelas frouxas e achatadas, com flores brancas  ou rosadas, do principio a meados do verão.
Semente
Pequena, redonda e bege, encerrada num fruto castanho claro, estriado e esférico; aromática.

Caule
Roliço, ramoso, verde escuro e finamente estriado.

Duração
Planta anual e rústica.
Altura sessenta centímetros.

Utilização na culinária
SementeUsar em chutney de tomate, ratatouille,salsichas alemãs e caris; também em tortas de maçã; misturar as sementes inteiras em sopas e pratos de hortaliças.
Folha: Adicionar as folhas basilares, frescas, a guisados, saladas e molhos. Usadas nas sopas, açordas e outros pratos alentejanos.
Caule:cozinhar com feijão e sopas.
Raiz:Cozinhar a raiz fresca como se fosse uma hortaliça. Adicionar aos vários caris.
Para aromatizar
Semente: usar em potpourris 
Na medicina
Semente; mastigar ou beber em infusão (chá) como aperitivo,tónico digestivo e sedativo (fraco).


Plantação

Local : Exposição ao sol

Solo: Rico e leve

Propagação: Semear do Outono até ao Inverno,nos climas temperados, ou no principio da primavera em local definitivo, mas longe do funcho, que parece não se dar bem com a sua presença.

Crescimento: desbastar de modo a que as plantas fiquem com vinte centímetros entre si. Podem ser cultivados dentro de casa, mas muita gente que acha o seu cheiro desagradável.

Colheita: Colher as folhas novas em qualquer altura. Apanhar as sementes quando estão castanhas, mas antes de caírem. Desenterrar as raízes no Outono.

Conservação:Secar as sementes guardá-las inteiras ou pô-las em infusão, para fazer um vinagre de coentros. Congelar as folhas ou mergulhar os seus pedúnculos em água e tapa-la com um saco de plástico, para manterem a a frescura.









Aipo   (Apium graveolens)

Era com aipo que se coroavam os vencedores dos jogos memianos gregos, que se realizavam em  honra de Zeus, mas quando o filho do rei nemiano foi morto por uma cobra escondida no aipo, este passou a ser usado como coroa funerária.
Os gregos também utilizavam esta erva na medicina, e os Romanos exploraram as suas propriedades culinárias: os seus caules eram esmagados com pimenta, levístico, oregãos, cebola e vinho, para fazer puré e as folhas, misturadas com tâmaras e pinhões, constituíam um recheio para leitões. Muito mais tarde, no século XIX, os shakers americanos cultivavam on aipo para fazerem os seus remédios e outros preparados medicinais.

Flores - Pequenas , em umbélulas esverdeadas, desabrocham no fim do verão do segundo ano.

Folhas secas - O aroma do aipo branco é ligeiramente mais intenso do que o do aipo cultivado, e usam-se em sopas, caldos recheios e guizados.
Folha - Leque de folhas novas aromáticas, serradas, de um verde claro brilhante, formando uma roseta vertical no primeiro ano; o caule do segundo ano é de um verde mais escuro.





Caule - Sulcado, ramificado e verde; o caule florido cresce no segundo ano.

Duração - Planta bienal ou vivaz rústica.

Altura - 30cm a um metro 

Sementes - Muito pequenas,castanhas,  ovais e aromáticas.

Na culinária - sementes, Triturar e utilizar no sal de aipo. Adicionar às sopas, caris, caçarolas e conservas. Usar como substituto nas dietas de sal. Folha- Cortar pequenas quantidades e misturá-las em saladas, queijo-creme e recheios de aves, e servir como guarnição.Para cozer peixes e mariscos em leite, adicionar-lhes uma mancheia de folhas picadas. Misturar em sopas grossas de legumes e em guisados durante  os últimos três minutos da cozedura.

Na medicina-sementes Em decocção, como sedativo para acalmar os nervos e aliviar a flatulência.  Folhas - Rica em vitaminas, sais minerais e outros ingredientes activos de valor nutritivo. Em infusão, é um tónico, abre o apetite e alivia a indigestão.





LÚCIA -LIMA 
(Aloysia triphylla) - (Lippia citriodora)

O que imediatamente nos atrai são as folhas que têm uma fragrância pura e intensa de limão. Existem, curiosamente, poucas lendas e histórias ligadas a esta planta, oriunda da América do Sul.
A Lúcia-lima chegou à Europa no século XVIII, trazida pelos espanhóis, que a cultivaram por causa do seu óleo perfumado. Embora não seja rústica nos climas nórdicos, pode aí resistir `geada, se tiver raízes profundas e se for coberta com palha e podada. Os renovos,por vezes, aparecem muito tarde e, por isso, não se devem deitar fora as plantas antes do fim do Verão.
Características
sementes:  Pequenas, castanho- escuras, em forma de lágrima.








Flor:  Muito pequena, branca e purpura-claro; cachos na extremidade do caule e dos         ramos.


Folha: Alongada, pontiagudo, de textura áspera e intenso cheiro a limão.


Caule:  Estriado, roliço e verde; vermelho e lenhoso no segundo ano.
Duração:Arbusto semi- rústico nos climas nórdicos)
Altura: 60 a 120 cms em climas temperados; até 4 metros e meio em climas quentes.




Folhas secas: mantem um intenso cheiro a limão fresco durante dois ou três anos; excelentes para potpourris e saquinhos de cheiro.

Dicas culinárias    -     Chá de ervas folha em infusão.  Picar as folhas novas e servir  com bebidas e saladas de fruta

Plantação

Local: Sol em abrigos praticamente protegidos das geadas.
Solo: Leve, bem arejado e alcalino. O solo pobre origina plantas mais fortes, capazes de sobreviver aos Invernos frios.

Propagação: Semear na primavera. Cortar estacas no fim da Primavera. Desbastar ou transplantar com intervalos de um metro. Podar os ramos caídos para estimular o crescimento de outros. Durante o Inverno, cultivar no interior, embora as suas folhas possam cair. Podar e borrifar com  água morna na Primavera.
Colheita: Colher as folhas sempre que necessário, mas é melhor quando as flores começam  a desabrochar.
Conservação: Secar as folhas. Utilizar as folhas frescas para fazer óleo e vinagre




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