sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Alfazema Lavandula Angustifolia

Alfazema  Lavandula Angustifolia (labiadas)

A tranquilidade e a pureza são inerentes à fragância única da alfazema, e é isto mesmo que se reflecte bem Izaak Walton, autor, do século XVII, de livros sobre pesca, que nos diz; “como gostaria de estar numa casa onde os lenções cheirassem a alfazema”. O seu perfuma fresco e limpo era o aditivo de banho preferido pelos Gregos e Romanos, e o seu nome deriva do latino lavar (lavar).

“Erva” muito popularizada, tanto por repelir os insectos como pela duradoura fragância, a alfazema também era usada para disfarçar os cheiros de casas e ruas fedorentas. Contava-se que a peste não chegava a  casa fabricantes de luvas de Grasse, que a usavam para perfumar o couro, e estas histórias levavam outras pessoas a andarem com alfazema .

 Há muito que é utilizada na medicina. O Herbanário Gerard, por exemplo, aconselhava os que tinham “uma leve enxaqueca ou o cérebro enevoado” a banharem as têmporas com alfazema. Um tal Sir James Smith descreveu também uma tintura alcoólica criada “para os que queriam permitir-se um copinho a pretexto de terem de tomar um remédio”.
As sua propriedades curativas são hoje obtidas sobretudo a partir do óleo essencial, contido nas glândulas oleosas e brilhantes implantadas entre os minúsculos pelos, em forma de estrela, que cobrem as flores e os caules. O óleo de melhor qualidade é extraído da Lavandula angustifólia e da Lavandula stoechas.


Folha: Estreita, perfumada e verde-acinzentada, com dois / cinco centímetros de comprimento.


Flores: Pequenas intensamente perfumadas, azuis, desabrocham no verão em espiga de cinco/quinze centímetros de comprimento.

Flores secas: Libertam um suave e duradouro cheiro a limpo.
Sementes: Quatro fruticulos lisos castanho-escuros, em cada fruto.

Caule: Quadrado e verde, torna-se lenhoso no segundo ano.

Duração: Subarbusto rústico e sempre verde.
Altura: Quarenta e cinco centímetros a um metro.

Utilização
Na decoração: Flor Pendurar ramos de flores secas sozinhas ou misturadas com outras flores pequenas. Misturar em coroas e ramos.

Na culinária: Flor Usar para aromatizar compotas. Cristalizar as flores para decoração.

Em casa: Flor Pôr flores secas em saquinhos para aromatizarem as gavetas.

Na cosmética: Flor Fazer água tónica para acelerar  a substituição das células nas peles sensíveis e delicadas, e utilizar como antisséptico contra o acne.

Para aromatizar: Flor Usar em potpourris, almofadas de cheiro e saquinhos para meter entre a roupa branca.

Na medicina: Flor Em infusão (chá), alivia as dores de cabeça e acalma os nervos.


Plantação

Local: Exposição aberta ao sol, para se evitarem doenças provocadas por fungos.
Tipos de solo: arenoso, argiloso, humífero

Solo: Bem arejado, arenoso e com cálcio.

Propagação: Cortar estacas de caule de dez/vinte centímetros no outono ou na Primavera, dividir a planta ou propaga-la por mergulhia. (Só a Lavandula angustifólia). Semear com sementes no fim do verão e no outono.

Crescimento: Desbastar ou transplantar com intervalo de 45/60cm. Retirar caules floridos murchos; podar as sebes e as plantas irregulares na Primavera. Aparar bem logo que aas flores começarem a perder a cor.

Colheita: Colher os caules floridos logo que as flores desbrochem. Apanhar as folhas em qualquer altura.

Conservação: Secar os caules floridos pousando-os em tabuleiros abertos ou pendurados em ramos pequenos.





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