quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Poesia David Mourão-Ferreira

David Mourão-Ferreira (1927-1996)

Nascido em Lisboa, licenciou-se em Filologia Românica.Foi director de várias publicações, director do Serviço de Bibliotecas Itinerantes da Fundação Calouste Gulbenkian, critico literário e ensaísta de grande fôlego.Poeta particularmente inspirado na temática do amor,figura cívica destacada e académico de grande prestígio.

E por vezes

E por vezes as noites duram meses
E por vezes os meses oceanos
E por vezes os braços que apertamos
Nunca mais são os mesmos. E por vezes

encontramos de nós em poucos meses
o que a vida nos fez em muitos anos
E por vezes fingimos que lembramos
E por vezes lembramos que por vezes

ao tomarmos o gosto aos oceanos
só o sarro das noites não dos meses
Lá no fundo dos copos encontramos

E por vezes sorrimos ou choramos
E por vezes ah por vezes
num segundo se evolam tantos anos.
( David Mourão Ferreira)

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

"O Alquimista"

 "o alquimista" escrito por Paulo Coelho, é uma história simples sobre um rapaz que decide deixar tudo para ir atrás de um sonho. É um livro cheio de mensagens.Muito interessante. Destas mensagens registei três, talvez porque sejam as que mais vão ao encontro dos meus sentimentos: passo a citar;

  1.  na vida devemos estar atentos aos sinais que esta nos dá.
  2. devemos sempre procurar seguir os nossos sonhos, embora por vezes o caminho dê muitas voltas, se acreditamos mesmo nesse sonho não devemos abandonar essa ideia.
  3. devemos sempre escutar o nosso coração.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Sobre o tempo




"Canção do tempo"

Para um tempo que fica
Doendo por dentro
E passa por foraPara o tempo do vento
Que é o contratempo

Da nossa demora
Passam dias e noites
Os meses...os anos
O segundo e a hora

E ao tempo presente
É que a gente pergunta
E agora...e agora

Tempo
Para pensar cada momento deste tempo
Que cada dia é mais profundo e é mais tempo
Para emendar pois outro tempo menos lento

Tempo
Dos nossos filhos apredenderem com mais tempo
A rapidez que apanha sempre o pensamento
Para nascer, para viver, para existir
E nunca mais verem o tempo fugir

Ai...o tempo constante
Que a cada instante
Nos passa por fora
Este tempo candente

Que é como um cometa
Com laivos de aurora
É o tempo de hoje
É o tempo de ontem
É o tempo de outrora
Mas o tempo da gente
É o tempo presente
É agora...é agora

Tempo
Para agarrar cada momento deste tempo
E terminar em absoluto ao mesmo tempo
Em temporal como os ponteiros do minuto

Tempo
Para o relogio bater certo com a vida
Que um homem bom que um homem sao que um homem forte
Que nao chegava a conseguir fazer partida
E que desperta adiantado para a morte
                                                                       Ary dos Santos

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

sobre o " tempo"

"O tempo não passa depressa. O que passa depressa é o tempo que passou."
               (Virgilio Ferreira)

"A mais lamentávelde todas as perdas é a perda do tempo."
                                                                   (Philip Chesterfield)

"Só nos esquecemos do tempo quando o utilizamos."
                                                                    (Charles Baudelaire)

"O tempo é a imagem´móvel da eternidade imóvel."
                                                                          (Platão)

"Tempus Fugit"

Einestein disse, certa vez que o tempo é uma forma de pensar, não uma condição sob a qual vivamos.Que é como quem diz, o tempo não existe por si só. É apenas mais uma das muitas formas como interpretamos o que nos rodeia, a par de muitas outras abstracções práticas prodigalizadas pela nossa inteligência. Serve, no essencial para nos situarmos num qualquer movimento. Como o movimento implica mudança, o tempo quantifica essa mudança colocando-se entre cada momento.É o traço de união entre os acontecimentos.Se nada mudar, o tempo não existe. O tempo só existe e dele temos percepção intuitiva porque algo muda. O tempo é consequência, não razão. Mas tornou-se substantivo no momento em que descobrimos uma forma de o medir. E como o medimos? Por comparação, claro (what else). Neste caso, por comparação com um movimento ou mudança-padrão...


                                                                                     Fonte:  revista dirigir 49


"O tempo foge, tudo é efémero, nada fica imóvel."
                     (Virgilio ,poeta romano, século I a C.)




◦Desejo-te Tempo!


Não te desejo um presente qualquer,
Desejo-te somente aquilo que a maioria não tem.
Desejo-te tempo, para te divertires e para sorrir;
Desejo-te tempo para que os obstáculos sejam sempre superados
E muitos sucessos comemorados.
Desejo-te tempo, para planear e realizar,
Não só para ti, mas também para os outros.
Desejo-te tempo, não para ter pressa e correr,
Desejo-te tempo para te encontrares,
Desejo-te tempo, não só para passar ou vê-lo no relógio,
Desejo-te tempo, para que fiques;
Tempo para te encantares e tempo para confiares em alguém.
Desejo-te tempo para tocares as estrelas,
E tempo para crescer e amadurecer.
Desejo-te tempo para aprender e acertar,
Tempo para recomeçar, se fracassares…
Desejo-te tempo também para poder voltar atrás e perdoar.
Desejo-te tempo, para ter novas esperanças e para amar.
Não faz mais sentido protelar.
Desejo-te tempo para ser feliz.
Para viver cada dia, cada hora como um presente.
Desejo-te tempo, tempo para a vida.
Desejo-te tempo. Tempo. Muito tempo!
                                                 (autor desconhecido)

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Poesia de Fernando Pessoa

Fernando Pessoa (1888-1935), Nasceu e morreu em Lisboa e viveu parte da sua infância na África do Sul onde estudou Língua Inglesa, tendo depois frequentado a Faculdade de Letras em Lisboa.A sua obra é suficientemente vasta e diversa para dela se poder dar uma ideia mesmo que pálida nestas poucas linhas.Homem cujo génio só foi plenamente reconhecido depois da morte, a sua figura e a sua poesia tornaram-se num mito internaccional, pela forma como introduziu a alteridade na literatura portuguesa. Em qualquer dos heterónimos praticou diversas formas poéticas e também o soneto.
(fonte:Cem sonetos Portugueses - Terramar)


Vai alto pela folhagem
Um rumor de pertencer,
Como se houvesse na aragem
Uma razão de querer.

Mas, sim é como se o som
Do vento no arvoredo
tivesse um intuito, ou bom
Ou mau, mas feito em segredo,

E que, pensando no abismo
Onde os ventos são ninguém,
Subisse até onde cismo,
E alto, alado, num vaivém

De tormenta comovesse
As árvores agitadas
Até que delas me viesse
Este mau conto de fadas.

Fernando pessoa nasceu em Lisboa em 13 de Junho de 1888
e morreu em Lisboa, em 30 de Novembro de 1935.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Poesia de Fernando Pessoa

Entre o sono e o sonho,
Entre mim e o que em mim
é o quem eu me suponho,
Corre um rio sem fim.

Passou por outras margens,
Diversas mais além,
Naquelas várias viagens
Que todo o rio tem.

Chegou onde hoje habito
A casa que hoje sou.
Passa, se eu me medito;
Se desperto, passou.

E quem me sinto e morre
No que me liga a mim
Dorme onde o rio corre -
Esse rio sem fim.

Fonte: Poesias de Fernando Pessoa, colecção poesia Edições Ática 6ª edição

domingo, 5 de dezembro de 2010

"O Sétimo selo"

 "O sétimo selo" do José Rodrigues dos Santos.

O tema  abordado é sobre o problema do aquecimento global, confesso que fiquei preocupada, embora este tema já faça parte do meu dia a dia, pois sou daquelas pessoas que tento contribuir com o que está ao meu alcance para ajudar a tornar o ambiente menos poluído. Mas depois de ler este livro fiquei com a convicção que o problema é mais complicado porque passa essencialmente pelas mãos dos poderosos do petróleo e da industria automóvel, que estão-se lixando para o planeta e visam apenas a obtenção dos $$$. Foi o 1º livro que li deste autor e agradou-me bastante não só pela temática mas também pela escrita que é muito interessante e nos mantém interessados até ao fim. Gostei.