Alecrim - labiadas
Romarinus officinalis
O alecrim, ou orvalho do
mar, ocupa um lugar muito especial no coração dos que o consideram a essência do
jardim de “ervas” estival. É usado por cozinheiros e boticários desde os tempos
mais remotos. Com fama de reforçar a memória, cedo se tornou o emblema da
fidelidade dos amantes.
Outrora, queimava-se alecrim
resinoso nos quartos dos doentes, para purificar o ar, e espalhavam-se os seus
ramos nos tribunais, a fim de afastar a “febre
das cadeias” (tifo).Durante a peste, era transportado em bolsinhas à
volta do pescoço, que se cheiravam quando se viajava por zonas suspeitas. Nalgumas
aldeias mediterrâneas, põe-se a roupa branca a secar em cima de alecrim para
que o sol liberte o seu aroma, que repele as traças. Também é uma boa planta
para vedações de jardim.
Além do alecrim comum,
existem muitas variedades, incluindo uma nova e vigorosa, erecta, chamada
Sawyer’s selection, com grandes flores malva azuladas, que pode atingir dois
metros e meio em três anos. Há também uma variedade de extremidades douradas, e
os textos antigos mencionam uma outra prateada.
Folha –
resinosa, coriácea, linear e verde-escura.
Folhas
secas – conservam bem o aroma e podem guardar-se.
Caule –
quadrado e torna-se lenhoso no segundo ano.
Caule
seco
– retiradas as folhas os caules do alecrim podem ser queimados numa fogueira ou
num churrasco, libertando um excelente aroma.
Sementes –
castanho amarelado, oleosa e pequena.
Duração –
arbusto rustico e persistente.
Altura – um
e dois metros. Há agora uma nova variedade que pode ir até dois metros e meio.
Utilização
Na
culinária – Flor – Misturar, fresco, na salada . cristalizar
,para guarnição. Esmagar com açúcar, misturar com natas e juntar aos purés de
fruta.
Folha –
Adicionar moderadamente a vários pratos de carne, especialmente no borrego e no
porco. Usar para aromatizar batatas assadas, e fazer manteiga de ervas para os
legumes.
Em
casa
– ramo – colocados dentro de um aposento, os ramos frescos arrefecem o ar.
Na
cosmética – no banho – estimula a circulação.
Para
aromatizar - Folha – usar em pot-pourri.
Caule
-
espalhar caules de alecrim nos churrasco, para afastar os insectos.
Na
medicina – estimula a circulação, e ao aumentar o fluxo sanguíneo
nos sítios onde é aplicada, alivia a dor. Ajuda a fazer a digestão das
gorduras.
Local –
Exposição ao sol. Proteger dos ventos e dos frios. Nos jardins frios ou
expostos, cultivar num vaso grande; no verão, enterra-lo no exterior, mas, no
inverno, pô-lo numa estufa ou dentro de casa, em local onde bata o sol.
Solo –
muito bem arejado. Em solo calcário, o alecrim é mais pequeno, mas, ao mesmo
tempo, mais perfumado. Para que tenha mais cálcio, pôr-lhe cascas de ovos ou cinzas
de madeira.
Propagação –
Semear sob condições aquecidas, na primavera, ou no exterior, no verão. A
germinação é irregular; necessita, no mínimo de vinte graus. É melhor propagar
por estacas ou mergulhia.
Crescimento –
Quando os rebentos forem suficientemente grandes, transplantar com intervalos
de sessenta a noventa centímetros. Pode ser cultivado em vasos, dentro de casa.
Colheita –
apanhar em pequenas quantidades durante todo o ano. Fazer a colheita principal
das folhas antes da floração.
Conservação –
secar os galhos e os ramos. Tirar as folhas antes de guardar. Esmagá-las mesmo
antes de usar. Esmagá-las mesmo antes de usar, para não perderem o aroma.
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