Mentha
(espécies)
Hortelãs - Labiadas
Na mitologia grega, Minthe
era uma ninfa amada por Plutão, que a
transformou nesta “erva” aromática depois de a sua ciumenta mulher tomar
medidas drásticas. Desde então, as hortelãs têm sido sempre muito apreciadas, e
pode avaliar-se bem o seu alto valor a partir das referências bíblica segundo as
quais os Fariseus, recebiam os impostos em hortelã, aneto e cominhos. Os
Hebreus espalhavam-na no chão das sinagogas, e esta ideia foi repetida séculos
mais tarde, nas igrejas italianas.
A hortelã, enquanto símbolo
da hospitalidade, foi mencionada pelo poeta romano Ovídio, ao contar a história
de dois camponeses, Baucis e Philemon, que limpavam a mesa com ela antes de
servirem os convidados. Em 1597, Gerard foi mais longe: “ Costumam espalha-la
nos sítios de recreio, prazer e lazer, onde se fazem as festas e os banquetes”.
Os Romanos também usavam hortelã para aromatizar vinhos e molhos. E como as
mulheres que bebiam vinho podiam ser
condenadas à morte, as que o faziam em segredo disfarçavam o hálito mastigando
uma pasta de hortelã e mel.
Durante o século IX, foram
introduzidas na Europa muitas variedades, tantas que houve um monge que, nessa
altura, escreveu que antes preferia contar as centelhas da fornalha de Vulcano.
Folha
– Ovada,
aguda, aromática, verde e rugosa devido às nervuras fundas.
Flor -
Folha
secas – Conservam bem o aroma, indicadas para chás, culinária e
fins medicinais.
Caule
– Quadrado,
verde e ramoso na parte de cima.
Sementes
– Castanho-escura, mais ou menos esférica e pequena.
Utilização
Na
decoração – Flor - secar
as lígulas para dar mais cor aos pot-pourris.
Na
culinária – Flor - usar
as lígulas abundantemente para dar uma cor de açafrão e um leve gosto picante (não
é o do açafrão) ao arroz, sopas de peixe e de carne, queijo-creme, iogurte,
manteiga, omeletas, pratos com leite, bolos e pães doces.
Folha
- Salpicar
em saladas e guisados.
Na
medicina – Flor - Beber
em infusão para a digestão; também em infusão, para lavar a boca, contra as
doenças das gengivas.
Local –
Sombra parcial ou sol.
Propagação –
Cortar estacar da raiz ou do caule ou dividir na primavera e no Outono. No
verão, mergulhar as estacas de caule em água, para crescerem raízes (Poejo semear
na primavera).
Crescimento –
Desbastar ou transplantarem intervalos de trinta centímetros em vasos grandes
ou sacos de politeno, para contenção das
raízes invasivas. Todos os caules floridos devem ser cortados, para que não se
dê uma polinização cruzada entre as variedades. Se aparecer ferrugem,
desenterrar a planta e queimá-la
imediatamente. Podem ser cultivadas dentro de casa.
Colheita –
Apanhar as folhas mesmo antes da floração.
Conservação –
Secar, congelar ou mergulhar as folhas em óleo ou vinagre.
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