Alfazema Lavandula Angustifolia (labiadas)
A tranquilidade e a pureza são
inerentes à fragância única da alfazema, e é isto mesmo que se reflecte bem
Izaak Walton, autor, do século XVII, de livros sobre pesca, que nos diz; “como
gostaria de estar numa casa onde os lenções cheirassem a alfazema”. O seu
perfuma fresco e limpo era o aditivo de banho preferido pelos Gregos e Romanos,
e o seu nome deriva do latino lavar (lavar).
“Erva” muito popularizada, tanto
por repelir os insectos como pela duradoura fragância, a alfazema também era
usada para disfarçar os cheiros de casas e ruas fedorentas. Contava-se que a
peste não chegava a casa fabricantes de
luvas de Grasse, que a usavam para perfumar o couro, e estas histórias levavam
outras pessoas a andarem com alfazema .
Há muito que é utilizada na medicina. O
Herbanário Gerard, por exemplo, aconselhava os que tinham “uma leve enxaqueca
ou o cérebro enevoado” a banharem as têmporas com alfazema. Um tal Sir James
Smith descreveu também uma tintura alcoólica criada “para os que queriam
permitir-se um copinho a pretexto de terem de tomar um remédio”.
As sua propriedades curativas são
hoje obtidas sobretudo a partir do óleo essencial, contido nas glândulas
oleosas e brilhantes implantadas entre os minúsculos pelos, em forma de
estrela, que cobrem as flores e os caules. O óleo de melhor qualidade é
extraído da Lavandula angustifólia e da Lavandula stoechas.
Folha:
Estreita, perfumada e verde-acinzentada, com dois / cinco centímetros de
comprimento.
Flores: Pequenas
intensamente perfumadas, azuis, desabrocham no verão em espiga de cinco/quinze
centímetros de comprimento.
Flores
secas: Libertam um suave e duradouro cheiro a limpo.
Sementes: Quatro fruticulos lisos
castanho-escuros, em cada fruto.
Caule: Quadrado
e verde, torna-se lenhoso no segundo ano.
Duração:
Subarbusto
rústico e sempre verde.
Altura:
Quarenta
e cinco centímetros a um metro.
Utilização
Na
decoração: Flor Pendurar ramos de flores secas sozinhas ou
misturadas com outras flores pequenas. Misturar em coroas e ramos.
Na
culinária: Flor Usar para aromatizar compotas. Cristalizar as flores
para decoração.
Em
casa: Flor Pôr flores secas em saquinhos para aromatizarem as
gavetas.
Na
cosmética: Flor Fazer água tónica para acelerar a substituição das células nas peles
sensíveis e delicadas, e utilizar como antisséptico contra o acne.
Para
aromatizar: Flor Usar em potpourris, almofadas de cheiro e
saquinhos para meter entre a roupa branca.
Na
medicina: Flor Em infusão (chá), alivia as dores de cabeça e acalma os
nervos.
Plantação
Local:
Exposição aberta ao sol, para se evitarem doenças provocadas por fungos.
Solo: Bem
arejado, arenoso e com cálcio.
Propagação: Cortar
estacas de caule de dez/vinte centímetros no outono ou na Primavera, dividir a
planta ou propaga-la por mergulhia. (Só a Lavandula angustifólia). Semear com
sementes no fim do verão e no outono.
Crescimento:
Desbastar
ou transplantar com intervalo de 45/60cm. Retirar caules floridos murchos;
podar as sebes e as plantas irregulares na Primavera. Aparar bem logo que aas
flores começarem a perder a cor.
Colheita: Colher
os caules floridos logo que as flores desbrochem. Apanhar as folhas em qualquer
altura.
Conservação: Secar
os caules floridos pousando-os em tabuleiros abertos ou pendurados em ramos
pequenos.
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